terça-feira, Abril 19, 2022
Português, Brasil
RESUMO: Este trabalho aborda a relação entre a patologização dos(as) estudantes
oriundos(as) da classe trabalhadora, de imigrantes e de minorias étnico-raciais nos
Estados Unidos e a cooptação da agência dessa população historicamente explorada
e submetida a opressões sociais e educacionais. Para isso, utilizamos a concepção de
agência desde o Posicionamento Ativista Transformador (Transformative Activist
Stance – TAS), desenvolvido por Stetsenko (2017), a filosofia da práxis em Marx
(1989), a teoria histórico-cultural de Vygotsky (2002) e a perspectiva anticolonialista de
Freire (2019) e Quijano (2019). Primeiramente, apresentamos as condições de vida e
de trabalho de estudantes vulneráveis e latinos(as) em Nova York e nos Estados
Unidos, depois tratamos um conjunto de discussões teóricas oriundas de pesquisas
sobre o contexto da patologização da pobreza, do déficit, da diferença e da
desigualdade social. Em seguida, apresentamos as histórias de vida e de
escolarização de estudantes do Community College da City University of New York
(CUNY) diagnosticados(as) como deficientes de aprendizagem e a sua luta dentro do
sistema educacional americano. O processo de patologização daqueles(as) que não
se enquadram no padrão branco e supremacista norte-americano culmina numa nova forma de colonialismo (o Sul dentro do Norte Global), resultante na cooptação da
agência crítica e transformadora daqueles(as) que, a priori, poderiam ser o motor da
transformação do sistema escolar que os(as) oprime.
Palavras-chave: Neocolonialismo. Deficiência. Agência. Educação
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