UM OLHAR PARA A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA A PARTIR DOS ESTUDOS SOCIAIS DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA LATINOAMERICANOS: ABRINDO NOVAS JANELAS PARA A EDUCAÇÃO

terça-feira, Março 22, 2022
Português, Brasil

Introdução
Terminada a segunda guerra mundial, muitas sociedades reconheceram o poder
da ciência e da tecnologia através dos resultados tanto do projeto Manhattan,
quanto do sem-número de desenvolvimentos que ajudariam a transformar a cotidianidade. Entre eles o acrílico, o sabão em pó, a caneta, o spray, emergiram como
resultados ou consequências desses desenvolvimentos. Estas circunstâncias promoveram grandes transformações políticas e socioculturais que poderiam ser resumidas a nível geral em três acontecimentos.
Em primeiro lugar o informe intitulado Science: The Endless Frontier (ciência: a
fronteira sem fim) que Vannevar Bush apresentou em 1945 ao presidente Truman
dos Estados Unidos, no qual argumentava a necessidade do investimento em ciência e tecnologia para a obtenção do bem-estar social, o qual deveria ser necessariamente acompanhado de autonomia da investigação para garantir o seu funcionamento. Este relatório será a base do modelo linear que servirá como ponto de
partida para a formulação da política científica e tecnológica na maioria dos países
do mundo “ocidental”.
Em segundo lugar aparece a divisão do mundo em duas ideologias, “ocidentalcapitalista” e “oriental-comunista”. Esta competição implicou uma corrida marcada
pelo conhecimento científico, a tal ponto que em 1957 quando se anuncia o lançamento do sputnik na antiga União Soviética, soaram os alarmes que viriam a
transformar a educação científica e tecnológica e, também, o investimento neste
campo para recuperar a liderança do mundo “ocidental” encabeçado pelos Estados
Unidos da América do Norte.
Os dois elementos anteriores se completaram mais tarde com a popularização
da ciência, de um lado, pela aparição na década de 1960 de novos cenários chamados museus e centros interativos de ciência (Science Centers) e, de outro, pelo
movimento inglês de Public Understanding of Science nos anos 1980. Embora a divulgação da ciência remonte às décadas anteriores, é nessa década que começa a
ganhar um maior protagonismo. Estas mudanças são animadas pelo interesse de
fechar a brecha entre conhecimento leigo e especialista, assim como pela preocupação sobre o apoio social que teria a ciência e a tecnologia. (...)

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