Resumo
O artigo "Discursos hegemônicos e contra-hegemônicos na educação científca...", de Flavia Rezende e Fernanda Ostermann (2019), apresenta uma interessante análise crítica dos
antagonismos entre o signifcado de "ensino de ciências" e de "educação científca". As autoras analisaram criticamente a construção do conhecimento na área, com foco nas formas de funcionamento curricular. Foram analisadas duas perspectivas: ensino de ciências tradicional ou conhecimento em si e educação científca crítica ou conhecimento para fazer algo. O artigo dialoga com exemplos internacionais, focando no Brasil. No artigo, Rezende e Ostermann utilizam categorias teóricas como discursos hegemônicos e contra-hegemônicos para identifcar e defender as lutas situadas nas propostas curriculares de educação em ciências. Meu objetivo neste fórum é expandir algumas ideias que estejam alinhadas com os discursos contra-hegemônicos, enfatizando a compreensão da colonialidade do saber, como uma forma de olhar o currículo de ciências. Assim, considero que a compreensão de fenômenos como a transnacionalização de currículos e efeitos de colonialidade possam contribuir para uma educação científca crítica e decolonizada.
Palavras‑chave Educação em Ciência · Ensino de Ciências · Currículo ·
Transnacionalização · Efeitos de Colonialidade · Pedagogia Decolonial
