quinta-feira, Junho 5, 2025
Português, Brasil

A colonização, além de representar um dos mais devastadores capítulos da história, causou impactos e feridas profundas e duradouras na vida e na identidade dos povos latino-americanos. Tal situação levou à exploração das populações nativas e de seus recursos naturais, resultando na destruição de suas culturas e identidades. Os impactos dessa colonização persistem ao longo das gerações, perpetuando as desigualdades, as explorações, a discriminação e os preconceitos. A perspectiva decolonial apresenta a tese de que esses aspectos são o resultado dos processos históricos desta colonização. A educação, locus de uma formação em que se espera que seja crítica, acaba sendo, em muitos aspectos, reprodutora de colonialidades que se constituem como um problema estrutural. Por outro lado, é importante destacar que é também neste campo que as discussões antirracistas, de gênero e sexualidade, estão alcançando visibilidade. O propósito desta investigação foi a análise dos documentos institucionais do Instituto Federal Catarinense (IFC), assim como os Projetos Pedagógicos dos cursos de licenciatura do campus Camboriú, e a relação destes documentos com os temas de gênero e sexualidade no âmbito do IFC, seus atravessamentos e possibilidades, propondo uma discussão a partir de uma perspectiva crítica e decolonial. Aplicou-se o Estado do Conhecimento para justificar o ineditismo da pesquisa, além da abordagem de análise bibliográfica do tipo descritiva e interpretativa para examinar os documentos institucionais. À luz das discussões decoloniais, a tese verificou como o IFC está comprometido com esses debates de gênero e sexualidade e, consequentemente, com a inclusão, a diversidade, a pluralidade de sexualidades e identidades de gênero, assim como o desenvolvimento do senso crítico.
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2024.
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